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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Festa do Imigrante Italiano 2013, em homenagem a Família Labegalini/Labigalini em Monte Sião-MG.







O Brasão da província de Brescia é o conjunto de cinco brasões: 1) da cidade de Brescia no centro, 2) de Chiari, 3) de Breno, 4) de Verolanuova e 5) de Salò.


1) O quadrado ao centro se refere à cidade de Brescia: que é um leão azul com fundo branco, com a lingua vermelha.
2) O primeiro quadrado acima, do lado esquerdo, se refere à cidade de Chiari: é uma águia preta com fundo dourado e abaixo três estrelas de seis raios de prata com fundo vermelho;
3) O segundo quadrado acima, do lado direito, se refere à cidade de Breno: um cervo de prata com fundo azul, apoiado sobre um pequeno terreno gramado, com uma águia voando e agarrando o cervo;
4) O terceiro quadrado abaixo, do lado esquerdo, se refere à cidade de Verolanuova: é a figura de uma mulher cor de pele com fundo azul, apoiada por uma lua crescente de prata, com a mão direita no alto e a esquerda no colo, que é envolto por uma fita prateada de duas voltas;
5) O quinto quadrado abaixo, do lado direito, se refere à cidade de Salò: que é um leão prateado com fundo azul, segurando um ramo de oliveira verde.
(Os dados deste brasão foi pesquisado pelo meu filho Márcio Labigalini).

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Missa do Imigrante Italiano - 06 de Setembro de 2013
Homenagem do Círculo Ítalo Brasileiro de Monte Sião à Família Labegalini.
Durante a missa foi lido o texto abaixo.

FAMÍLIA LABEGALINI

Os Labegalini juntaram tanta tradição, tanta lenda, tanta história que há até um bairro no município de Jacutinga com seu nome: Bairro dos Labegalini. Quem já não ouviu falar do Romildo e da Elza? Do Ugo, que neste mês completa um ano desde que nos deixou, e do Nenê? Do Gino e do Romeu, do Lazinho e do Ovídio? Quem não se lembra dos três irmãos – Antonio, Último e Batista – torcendo no campo de futebol, torcendo na raia de bocha? Pois saibam que seus antepassados vieram para estas lonjuras no distante 1887, de Vobarno, província de Brescia, da velha e querida Itália. E, quem veio? Vieram Ângelo, Eliza, Luigi, Lucia, Egidio, Cesarina, Giovanni Batista, Vittorio, Izabella, Emilio, Ângela, Albina, Michelle, Genoveffa, um exército de italianos alegres, simpáticos, todos voltados à música, com predileção à sanfona e ao violão, todos sentimentais, todos saudosistas. E, conscientemente, todos teimosos. Há, mesmo, uma versão que atesta a teimosia dos Labegalini: é só dizer que não cabem dez Labegalini num Fusca que eles entram lá e ainda sobram dois lugares. A essa teimosia inocente e bem recebida, reveladora de caráter firme e decidido, ao calor de sua alegria contagiante, à determinação para o trabalho, ao espírito brincalhão, ao elo indestrutível que assegura a união dessa família, as homenagens do Círculo italiano de Monte Sião - o verdadeiro berço dos Labegalini.



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Resumo da imigração da Família Labigalini da Itália para a América:

(inserido por Márcio R. Labigalini)

Após tanta pesquisa, creio que posso resumir a história dos filhos de Luigi Labigalini e Lucrezia Pellizzari (nascidos por volta de 1830):
Os filhos eram os seguintes:
Giuseppe (nascido em 1853)
Lucrezia
Domenica
Maria
Margherita (nascida em 1860)
Luigi (nascido em 23/02/1962)
Giovanni (nascido em 1864)
Angelo (nascido em 1867)
Tommaso (nascido em 1868)

A imigração Italiana para a América teve duas fases: Uma antes de 1900 e outra no início do século XX. Houve também um movimento de retorno para a Itália entre 1900 e 1910.
Na primeira fase, a nossa família se concentrou na América do Sul, especificamente no Brasil.

O primeiro a se aventurar na América deve ter sido Giovanni Labigalini. Ainda não consegui encontrar quando ele veio para o Brasil, mas cheguei a esta conclusão me baseando nos seguintes fatos:
1)      O filho de Giovanni e sua mulher Maria Rizzardini, que também se chamava Luigi, nasceu em Itapira-SP, no dia 23 de fevereiro de 1895. Então, a princípio, ele deve ter chegado antes desta data.
2)      Porém, naquela época era costume que o marido viesse primeiro e só depois de estabelecido era que a sua família vinha ao seu encontro. Normalmente isto demorava alguns anos. No caso do Giovanni e da Maria Rizzardini, o primeiro filho, Isacco, nasceu em Vobarno (Itália) em 1886 (quando Giovanni tinha 22 anos) e o segundo filho, Luigi, nasceu em Itapira-SP (Brasil) em 1895 (quando Giovanni tinha 31 anos); portanto, há um período de 9 anos sem filhos, o que me levou a concluir que neste período Giovanni veio para o Brasil, provavelmente entre 1887 e 1894. Sua esposa Maria Rizzardini deve ter vindo em 1894, ou um pouco antes; porém, não encontrei documentação para comprovar a data da chegada dela ao Brasil. Além do Luigi, outro filho que nasceu aqui foi o Joanin (João Batista), que também nasceu em Itapira em 1897. Então, com certeza, Giovanni Labigalini e Maria Rizzardini vieram para o Brasil antes do nascimento do Luigi em fevereiro de 1895.

O segundo a chegar foi Angelo Labigalini, em 06 de Janeiro de 1895, com 28 anos, que já veio com a família inteira, que incluía sua esposa Angela (28 anos) e seus filhos: Egidio (6 anos), Cesarina (4 anos) e Albina (2 anos). Provavelmente Angelo tinha o objetivo de encontrar seu irmão Giovanni em Itapira-SP; porém, devido a uma epidemia a bordo do Navio Iniziativa, assim que chegaram ao porto do Rio de Janeiro, foram obrigados a seguir com todos os passageiros de trem para a Hospedaria Horta Barbosa, em Juiz de Fora-MG, onde permaneceram por cerca de 10 dias. De lá foram para a hospedaria do Pinheiro, pois necessitavam ficar em quarentena, até serem contratados por algum fazendeiro. Outra possibilidade é que Angelo já se destinava para aquela região, pois havia um núcleo de famílias italianas em Bicas-MG, alguns oriundos de Vobarno (família Crescimbeni, Gaspardi e Viani).

Em 14 de Maio de 1895 chegaram (no navio San Gottardo) os irmãos Luigi Labigalini (com 33 anos) e Tommaso Labigalini (27 anos), também com suas respectivas famílias. O Luigi veio com sua esposa Lucia Crescimbeni (27 anos) e seus filhos: Emilio (8 anos), Elia (4 anos) e Vittorio (1 ano). O Tommaso veio com sua esposa Matilde (23 anos) e seus filhos: Libera (6 anos), Elvira (4 anos) e Fioravante (2 anos). Também vieram neste navio San Gottardo o pai da Lucia Crescimbeni, Battista Crescimbeni (com 52 anos), e o irmão da Lucia, Giovanni Crescimbeni (com sua esposa Maria e seu filho Battista). Eles vieram pelo porto de Santos, passaram pela hospedaria do imigrante em São Paulo e de lá seguiram para Itapira-SP, onde o Giovanni já tinha se estabelecido.

Em 16 de Novembro de 1897 chegou Giuseppe Labigalini, com 44 anos, no navio Minas, que também veio com sua família, incluindo sua esposa Maria Miconelli e os filhos: Luigi (14 anos), Michelli (12 anos) e Giuseppe (1 ano). A família de Giuseppe também veio pelo porto de Santos, passou pela hospedaria do imigrante em São Paulo e de lá seguiu para Itapira-SP, onde os irmãos já tinham se estabelecido.

Em 16 de Dezembro de 1897 desembarcaram (do navio Espagne) no Rio de Janeiro Margherita Labigalini (37 anos) e seus filhos: Pietro Viani (11 anos), Lucrezia Viani (9 anos) e Luigi Viani (4 anos). Do Rio ela e filhos foram direto para a hospedaria Horta Barbosa, em Juiz de Fora, onde permaneceram até o dia 22 de dezembro, quando seu marido, Giuseppe Viani, foi buscá-los, para levá-los até Bicas-MG. Não consegui encontrar o registro da chegada de Giuseppe Viani; porém, pode ser que ele já estivesse na região de Bicas antes do Angelo chegar (em 1895), pois seu filho caçula em 1897 estava com 4 anos; então, Giuseppe Viani deve ter chegado ao Brasil entre 1893 e 1897.

                Sobre as outras 3 filhas: Lucrezia, Domenica e Maria temos poucas pistas para pesquisar; porém, seguem as informações que temos:

1) Parte da família da Lucrezia Labigalini, que foi casada com Giuseppe Manovali, dizem que foi para a Argentina. Hoje, a família Manovali na região de Bréscia se concentra em apenas 4 cidades próximas a Vobarno, no Lago di Garda; por isso, pode até ser que eles vieram para a América; porém, devem ter retornado para a Itália no início do século XX e lá permaneceram.
2) Parte da família da Domenica Labigalini, que foi casada com Antonio David, dizem que foi para os Estados Unidos na segunda fase da imigração italiana. Não encontrei nenhum registro confirmando a saída desta família da Itália. Aliás, "David", por mais estranho que pareça, é um sobrenome bastante comum lá na Itália. Então, não sabemos se a família de Domenica Labigalini e Antonio David realmente emigrou para a América (do Sul ou do Norte).
3) Parte da família da Maria Labigalini veio para o Brasil e se estabeleceu na cidade de São Paulo. Há vinte anos atrás eu conversei com Mário Tiboni (por telefone) de São Paulo, que era descendente da Maria Labigalini e Giovanni Tiboni; porém, perdemos contato com o passar dos anos e hoje não sabemos onde seus descendentes estão. Segundo informações de John Tiboni (filho de Francesco Tiboni e Palmira Labigalini), este Giovanni Tiboni não era parente de Francesco Tiboni (cuja mãe era Maddalena Zurrudelli e residia em Pompegnino-Vobarno, mesma região da nossa família). Segundo John Tiboni, sua mãe Palmira dizia que havia três ramos independentes da família Tiboni em Vobarno, que não eram parentes, mesmo pertencendo à mesma cidade. Sabemos que o irmão da Palmira Labigalini, o Isacco se casou (pela primeira vez) com Aurélia Tiboni, que era filha da Maria Labigalini e Giovanni Battista Tiboni; porém, a Aurélia faleceu 4 anos após o casamento e não tiveram filhos. Baseando-me na certidão de casamento do Isacco com a Aurélia, podemos estimar a idade dos pais da Aurélia. O casamento foi em 1910, em Vobarno, e Aurélia tinha 22 anos; então, se ela fosse a primeira filha do casal, provavelmente sua mãe, Maria Labigalini, teria cerca de 40 anos; portanto, deve ter nascido antes de 1870. 

Assim que possível, tento concluir a segunda fase da imigração da nossa família, onde a maioria foi para os Estados Unidos.