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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Uma Viagem Inesquecível


UMA VIAGEM INESQUECÍVEL
                                       Romildo Labigalini
         Faz um bocado de tempo que estou montando a Árvore Genealógica da Família Labigalini/Labegalini. Pesquisei na internet, no Estado de São Paulo, nomes de pessoas com sobrenome Labigalini.
Escolhi um nome, ao acaso, de Sérgio Luiz Labegalini, residente em Marília e liguei para ele dizendo do trabalho que estou realizando sobre os descendentes da Família Labigalini. Ele foi muito atencioso e receptivo e me disse que iria colaborar no que fosse possível.
Um mês depois recebi um telefonema dele me convidando para participar do Primeiro Encontro da Família Labegalini (descendentes do César Labegalini), em Parapuã, distante 90 km, de Marília. Essa confraternização seria realizada na fazenda Ponteio, de propriedade de Valdir Ferrari e sua esposa Selma Labegalini, no dia 13 de outubro corrente.
         Aceitei de imediato o convite, pois eu queria tanto conhecer novos parentes e tinha plena certeza de que seria bem recebido. Nos dias subsequentes nos comunicamos por e-mails.
Como dia 12 era feriado (N.S.Ap.) e os parentes que residiam fora iriam chegar nesse dia, resolveram fazer um Pré-Encontro.
Dia 12, de manhã eu, minha esposa Nilza e meus filhos Marcio e Meire partimos para lá, viajando 570 Km. Eu já tinha informação onde era a Fazenda Ponteio, em Parapuã. Lá chegando, para identificar o local colocaram na beira da pista um pano branco amarrado a um pau, que balançava ao vento, parecendo saudar nossa chegada.
Na entrada dessa fazenda, uma faixa saudava os visitantes. Estava escrito “Sejam bem-vindos Família Labegalini”.
Fiquei emocionado ao ver escrito “Labegalini” num local tão distante de Monte Sião.
Chegamos na sede da fazenda e as primeiras pessoas que avistamos foram meus primos Aristides (Tidinho), sua irmã Janice e o marido dela Euclides De Nez, residentes em Marumbi-Paraná. Foi só alegria. O primo Sérgio Labegalini veio ao nosso encontro com sua esposa Andreia e os filhos Leonardo, Henrique, Gabriel e também sua mãe dona Luzia. Os anfitriões Valdir Ferrari e sua esposa Selma Labegalini e outros tantos parentes vieram nos dar as boas-vindas. À noite saboreamos uma deliciosa refeição.
         Na manhã seguinte começaram a chegar mais parentes e tive o prazer de conhecer alguns da minha faixa etária: Leondino Labegalini, com 79 anos ainda gosta de pescar e fica até 20 dias acampando, sozinho, na beira do rio. Os parentes o chamam carinhosamente de “Velho do Rio”. Seus irmãos Osvaldo, Maria “Guita” e Marcílio (descendentes de César Labegalini), os primos Romélio Labegalini seus irmãos Walmir, Luiz Carlos e Rivaldo (descendentes de Rissieri Labegalini), residentes em Mato Grosso do Sul, também vieram para a festa. Todos são descendentes do meu tio-avô Ângelo, irmão do meu nono Luigi Labigalini.
Do lado de fora da sede, uma barraca servia batidas, sucos, refrigerantes e água. Os garçons serviam cerveja e petiscos, tudo bem organizado. Na hora do almoço meus primos Sérgio e Selma reuniram todos os parentes em circulo, e de mãos dadas, fizeram uma bonita oração agradecendo a Deus pelo alimento e também a presença de todos que ali se encontravam.
         Depois do almoço meu filho Márcio exibiu um vídeo montado por ele sobre a imigração italiana: um navio partindo de um porto na Itália rumo ao Brasil, repleto de imigrantes mal acomodados, numa situação precária, e ao fundo a música “Mérica”, um hino dos imigrantes. Todos se emocionaram e choraram, por sentirem na pele o que nossos ancestrais sofreram para chegar ao Brasil em busca de uma vida melhor, ou seja, com menos sofrimentos.
         À noitinha minha filha Meire pegou o seu violão, sentamos na varanda do outro lado da casa, começamos a cantar e quem gostava de música vieram juntar-se a nós. Meus primos Sérgio, de Marília e o outro Sérgio, de Campo Grande também pegaram no violão e pandeiro e o ambiente ficou ainda melhor. Até meu primo Marcilio, que usava bengala, jogou-a num canto e dançou com uma meiga e carinhosa mocinha (talvez seja parente dele).
         O jantar, mais uma vez foi delicioso e a convivência com esses adoráveis parentes me deixou marcas de gratidão e agradecimento. Realmente foram momentos inesquecíveis.
         No domingo o cardápio era macarronada, mas os compromissos dos meus filhos na segunda-feira não poderiam ser adiados. Partimos de manhãzinha, passamos em frente a fazenda e o pano branco amarrado num pau ainda estava lá, como que acenando para nós e desejando-nos boa viagem de retorno. Olhamos para trás como se estivéssemos despedindo daqueles parentes maravilhosos e com muita vontade de ficar mais um pouquinho junto deles.

P.S.: Esse contato com nossos parentes aumentou mais 130 descendentes do meu tio-avô Ângelo: eram 154 e passou para 284.

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